11 jun, 2024
Após os dois jogos de preparação da nossa selecção, com vista ao Euro 2024 que na próxima sexta-feira principia na Alemanha, primeiro com a Finlândia e depois com a Croácia, pode afirmar-se, com propriedade, que ficaram os primeiros sinais de que alguma coisa tem de mudar para podermos obter sucesso na competição europeia, na qual entramos com justificadas ambições.
Se o desafio com os finlandeses não correspondeu às expectativas, tanto pelo resultado como pela exibição, já o encontro com os croatas deixou ainda mais a desejar.
Uma vitória e uma derrota, respectivamente, mas sobretudo os quatro golos sofridos, deixaram motivos de preocupação, ainda que o seleccionador português não tenha dado grande relevância a esse pormenor.
Para Roberto Martínez o mais importante foi ter alcançado o objectivo fixado na preparação, sem cuidar muito no facto de os jogadores que actuaram não terem, regra quase geral, atingido o nível que a sua qualidade perfeitamente justifica.
É verdade que estes jogos quase sempre se revestem de muitas cautelas por parte dos jogadores com o objectivo de evitarem lesões que suscitem consequências desagradáveis, mas poderá não ser compreensível o desacerto que se verificou em alguns casos.
E, sobretudo, no sector defensivo ficaram à vista falhas, que a serem repetidas em jogos a sério, não deixarão de acarretar resultados desagradáveis.
Hoje, no acerto final com a Irlanda, poderão registar-se diferenças com os regressos de Cristiano Ronaldo e de Pepe, duas figuras incontornáveis, que poderão acrescentar vantagens, e contribuir para uma exibição diferente, mesmo que o resultado volte a não corresponder ao que se espera